Crime e Castigo: entre a razão absoluta e a reconstrução do humano

Ao publicar Crime e Castigo em 1866, Fiódor Dostoiévski não apenas ofereceu ao mundo um dos mais intensos romances da literatura universal, mas inscreveu definitivamente seu nome entre os autores capazes de sondar, com rara lucidez e coragem, os abismos da alma humana. A obra, que pode ser lida como romance criminal, como ensaio filosófico e como […]

Drácula, de Bram Stoker: a construção moderna do mito do vampiro

Poucos romances lograram um impacto tão duradouro na cultura ocidental quanto “Drácula” (1897), obra-prima do irlandês Bram Stoker. Mais do que uma simples narrativa de terror, o romance se erige como um complexo artefato cultural, expressão privilegiada das ansiedades, angústias e contradições que marcaram o final do século XIX europeu, período que a historiografia e a crítica cultural […]

Crime e Castigo: um estudo sobre culpa, redenção e consciência

Crime e Castigo, publicado em 1866 por Fiódor Dostoiévski, não é apenas um romance policial, psicológico ou filosófico — é, antes, uma descida literária às profundezas da alma humana, onde se desenrola o conflito entre razão e moral, orgulho e compaixão, pecado e redenção. Ao narrar a trajetória de Ródion Românovitch Raskólnikov, um jovem que […]

A metamorfose de Kafka como espelho da desumanização moderna

Ao despertar certa manhã de sonhos inquietantes, Gregor Samsa viu-se transformado em um inseto monstruoso. Com essa frase inaugural, lacônica e brutal, Franz Kafka inscreve uma das cenas mais perturbadoras da literatura moderna. A transformação física do protagonista de A Metamorfose, publicada em 1915, não é mero elemento de ficção fantástica. Ao contrário, ela funciona […]

Frankenstein: o monstro é o outro?

Poucas obras na história da literatura ocidental foram tão profundamente mal compreendidas quanto Frankenstein, ou o Prometeu Moderno, de Mary Shelley. Confundida com o imaginário popular que transformou a criatura em ícone do terror barato e da ficção científica caricata, a obra original, publicada em 1818, é, na verdade, um romance filosófico de enorme densidade ética […]

Grande Sertão: Veredas — o sertão como labirinto da alma

Há livros que se deixam ler. Outros que nos leem. E há ainda aqueles — raros — que nos atravessam, como atravessamos o sertão, tateando caminhos entre veredas, sem saber ao certo onde começa a estrada e onde termina o mundo. Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, é um desses livros-labirinto, desses espelhos rústicos que […]